30.5.08

via sms

É hoje! Chegou a hora!
Agora não nos resta outra coisa senão ir em frente, seguir o coração, a intuição e as indicações propostas. E logo, quando chegarem ao Bairro Solidão, deixem-se levar... percorram todas aquelas ruas e becos, sintam os cheiros ...vejam cada uma das casas e quem lá mora! Depois, quando estiverem debaixo de uma luz, divirtam-se como nunca. Sintam cada momento, cada palavra. Acreditem no poder e na magia de cada uma das vossas personagens. Emocionem-se e façam-nos chorar de alegria. Eu acredito em cada um de voces e no vosso poder.
Beijo do vizinho deste Bairro Solidão.
PS: Obrigado a todos os que me ajudaram, sem excepção, a edificar este bairro que espero, deixe saudade.
Até logo.
RG

28.5.08

Convites para os vizinhos do Bairro Solidão

Comunicado
Todos os que fazem parte da familia "Quem Não Tem Cão" e precisem convite para o espectáculo, entrem urgentemente em contacto com o RG. através do numero do costume.
Saudações a todos os vizinhos.
RG

Bar Solidão

...
Manuel Perez e Ana Canadas

Foto:Tó Vieira

27.5.08

"Mulher Solidão"

... Foto: Tó Vieira

Bairro Solidão”
M/12
30, 31 de Maio 21.30h
8 Junho 17.00h
Cine Teatro - Casa da Cultura de Rio Maior

Uma produção de QUEM NÃO TEM CÃO - Oficina de Artistas

Textos encenação e concepção cénica: Rui Germano
Participação Especial: Adelaide João

Participação:
Ana Canadas, Ana Apolinario, Cláudia Suzano, Gisela Germano, Hermínio Gonçalves, Lígia Amaro, Manuel Perez, Maria João Ramos, Norberto Paulo, Otília Germano, Sérgio Cruz

Actores Convidados:
Osvaldo Canhita, Guilherme Barroso
Vozes:
Natália Ferreira, Magic Sound Gospel
Fanfarra B.V.R.M

Assistente de produção:
Alexandre Costa, Pedro Alves

Assistente de encenação:
Alexandra Diniz, Maria de Jesus

Reservas:243 999 300

21.5.08

Breve retrospectiva em vesperas de estreia

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Cinco Mulheres, um Travesti e a Namorada de Uma Delas




Azul

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Blue


20.5.08

Parabens a voce!

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O Osvaldo faz hoje anos.
De todos os colegas e amigos da " Companhia do Cão" votos de muitos sucessos profissionais e pessoais.

Já agora, que o teu próximo trabalho seja um sucesso. Tu mereces e nós - acho - tambem!

Parabens Osvaldo.
Obrigado osvaldo!

Quem Não Tem Cão

A Gorda - Ensaio

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PP - Desabafo - Aiiiiiiiiiiiiiiiii

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Ajudem-me! Ajudem-me...
Eu tenho medo de ter medo e medo de não ter medo e pousar os pés no chão. Aaaaaaaiiiiiiiiiiii… falta-me o ar! Respirar. Eu preciso respirar. Faltam-me asas. Aaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiii!
Ajudem-me! Ajudem-me!

Fãs - Sessão de autografos

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Ensaio

Guilherme Barroso e Claudia Suzano


Guilherme Barroso, Otilia Germano e Claudia Suzano


Otilia Germano e Osvaldo Canhita




16.5.08

"Eu gostava de te ver nua! Se te despires eu dispo-me."

Moradores do "Bairro Solidão" invadem a cidade este fim de semana.

O nosso cartaz está lindooooooooo!
E os postais?
Alguem já viu os postais?

Já temos cartaz...

13.5.08

O trabalho que não se vê!

Adelaide João - leitura de texto

12.5.08

Bairro Solidão - Agenda de ensaios

19.05.08 - 2ª Feira
20.30h - ensaio (personagens) - Cineteatro

20.05.08 - 3º Feira
21.00h - ensaio personagens - Ginasio Boa Forma

21.05.08 - 4ª Feira
20.30h - ensaio de luz e som - Cineteatro

24.05.08 - Sábado
14.30h - ensaio - Cineteatro

26.05.08 -2ª Feira
21.00h - ensaio - Cineteatro

27.05.08 - 3ª Feira
21.00h - ensaio ppersonagens - Ginasio Boa Forma

28.05.08 - 4º Feira
20.30h - Ensaio Geral - Cineteatro

30.05.08 - Sexta Feira
21.30H - Estreia "Bairro Solidão" Cineteatro
(...)

9.5.08

Teatro nas XV Jornadas da Escola Profissional de Rio Maior


Na foto, alguns dos Alunos e professoras da Escola Profissional de Rio Maior que se inscreveram e participaram na aula de teatro, inserida no programa das XV Jornadas Profissionais daquele estabelecimento de ensino.
A quem teve a amabilidade de nos contactar e promover esta iniciativa levando o TEATRO até à Escola, os meus agradecimentos, pois proporcionaram-me uma tarde muito agradavel na vossa companhia!
Escondem-se grandes talentos por ali!
Viva o Teatro!
RG

8.5.08

Ainda sobre a aula aberta por ocasião do dia mundial do teatro vejam o que descobrimos... sob o olhar da Rufiazinha em:

http://rufiazinha.blogspot.com/2008/03/27-de-maro-dia-mundial-do-teatro.html

7.5.08

A j u d em - m e!!!!!
ajudem-me... ajudem-me!

5.5.08

Bairro Solidão

"…Contigo é tudo mau! Até o sexo é péssimo."

2.5.08

Na mesa do café do costume


No dia seguinte, na mesa do canto do café do costume e como era habitual, tomavamos, eu um chá preto, ela um café que insistia em mexer até entornar. Aproveitando uma pequena distracção minha, ela mergulhou a ponta do dedo indicador na chávena de café para de seguida mo passar lentamente pela cara.
Estás parva? Disse-lhe eu embora não conseguisse esconder o meu agrado pela brincadeira. Ela sabe que eu gosto deste tipo de jogos e não perde uma oportunidade de me provocar, de me desafiar. Normalmente estes jogos entre nós acabam em discussões que invariavelmente se resolvem na cama.
- Sabes, hoje fiz um poema a pensar em ti. Disse-me ela de sorriso maroto enquanto fazia descer o dedo até à minha boca.
- A sério?
- Sério.
- E fala do quê?
-… de nós, de ti de mim…Queres que to diga?
- Adorava.
- Mas prometes que não te zangas comigo?
- Claro que prometo, porque me haveria de zangar?
- Ela fez um ar sério, respirou fundo e de voz colocada disse:
“ À meia luz te vi,à meia luz te amei e foi à media luz que à merda te mandei”
- Gostas-te? Reparas-te na rima? - Perguntou-me ela enquanto se ria desalmadamente… eu estava sem palavras. Senti-me ridículo, gozado…e não achei graça nenhuma à brincadeira. Sem saber o que lhe dizer ou fazer limitei-me simplesmente a dizer-lhe - Vai à merda!
- Não digas isso! Tu não dizes isso. Essas palavras não te ficam bem, não vão com o teu tipo de pele... Tu amas-me! sou a mulher da tua vida...Não consegues viver sem mim pois não? Perguntou-me ela enquanto me tapava a boca com uma das mãos, de forma a não me deixar responder.
Eu sacudi-a. Afastei-a de mim e levantei-me da mesa demonstrando-lhe o desprezo próprio de quem está apaixonado e não quer partir. Eu tinha de tomar uma atitude, salvar o pingo de amor próprio que ainda me restava. Peguei no caderno de capa preta que sempre me acompanha e virei-me pronto a ir embora. -Vou-me embora! Há! é verdade! Desta vez para variar pagas tu a conta. Disse-lhe tentando não revelar qualquer tipo de emoção.
- Não! Não vás! Volta aqui, estava a brincar... disse-me.
- Não vás, foi uma estupidez minha… mais uma estupidez minha…! Porque será que eu faço sempre tudo ao contrário do que gostava de fazer ou dizer… Não vás! senta-te vamos conversar. – Eu nunca a tinha visto assim neste registo. Ela pareceu-me tão sincera, tão verdadeira. Repensei a minha atitude. Voltei a sentar-me. Só porque ela pediu! Mentira! O certo é que eu não tinha vontade nenhuma de me ir embora e deixar as coisas entre nós naquele ponto. Fiz um ar amuado como só eu sei fazer e fiquei à espera que ela me disse-se qualquer coisa.
Nos primeiros 4 minutos ela não disse nada. Depois, discretamente pegou-me carinhosamente na mão apertando-a com força. Ficámos de mãos dadas em cima da mesa. Corei. Aquela agarrar de mão parecia dizer que ela me pertencia. Senti-me feliz por isso. As mãos dela eram perfeitas, macias. Os dedos, longos e esguios. É engraçado como podemos gostar de uma pessoa pelas mãos. As mãos podem-nos dizer muito acerca dum indivíduo. Se os olhos são o espelho da alma, pode-se dizer que as mãos são a expressão dos sentimentos mais escondidos dela. A forma como se mexem, a temperatura, as unhas, são tudo indicadores da personalidade. Há mãos que mesmo de Inverno são quentes, outras há, que são sempre frias, gélidas. Há mãos secas, enrugadas, húmidas ou peganhentas. Há-as gordas, magras, esqueléticas, carnudas, ossudas, calejadas, aveludadas. Há mãos discretas, envergonhadas e há as que nos apalpam e apertam duma forma indecente mas prazerosa. Há as sinceras e as hipócritas que se movimentam e exibem em poses previamente estudadas. Mas as mãos dela são diferentes de quaisquer mãos que toquei. As mãos dela não cabem em nenhuma destas categorias. Pertencem a uma outra categoria, a categoria das mãos magnéticas. O simples contacto com aquelas mãos perturba-me por completo todo o sistema nervoso. É engraçado como um gesto tão simples como o toque tem o poder de me incendiar por dentro daquela maneira.
Foi a primeira vez que ela me fez uma manifestação de carinho em público. E eu, pela primeira vez na vida tinha sentido o tempo parar à minha volta. Houve magia naquele momento. Foi tão bom! Foi uma manifestação de amor pura e doce. Nem sequer foi preciso ela dizer que me ama. Eu senti que sim, só quem ama verdadeiramente toca assim. Só quem se sente amado e ama como eu a amei naquele momento tem a capacidade de parar os ponteiros do relógio.
Ali mesmo naquela mesa do café do costume, no meio da confusão dos pasteis de nata, das bolas de berlim e dos queques, descobri que o que existia entre nós era mais forte e intenso do que eu alguma vez poderia ter imaginado. Senti que aquele arrepio no estômago que não se descreve só pode querer significar uma coisa, Amor. O que eu sentia por ela era amor. Ela era sem dúvida o AMOR da minha vida. Comovente aquele momento que guardo até hoje só para mim.

(excerto de "O meu amor é uma cabra" de MC. 1996)