Rui Germano, Gonçalo C. Sá e Manuela
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Retratar 100 mulheres que tenham vivido na primeira pessoa a experiência do cancro da mama é a ideia do fotógrafo Gonçalo Cunha de Sá, que já começou a reunir as primeiras protagonistas em Rio Maior, nos dois últimos fins-de-semana.
O projecto 100 Mulheres 100 Cancro junta o Movimento Mulheres Portuguesas, do próprio Cunha de Sá, com o Movimento Rosa Esperança, da oficina de artistas riomaiorense “Quem Não Tem Cão”, cuja peça de teatro encenada apenas com actrizes amadores vítimas de cancro da mama tem feito bastante sucesso por todo o país.
“Estamos a fazer tudo para crescer e chegar a todas as famílias portuguesas, uma vez que esta doença não escolhe portas e, infelizmente, bate em todas as casas”, afirma Gonçalo Cunha de Sá, acrescentando, com a frieza dos números, que “uma em cada oito mulheres é vítima de cancro da mama”.
No fundo, “são dois movimentos separados que se uniram para lutar por uma mesma causa”, explica, adiantando que a adesão, para já, está a ser francamente positiva.
“Estamos a ser falados por imensa gente e há muitas mulheres interessadas no nosso projecto”, que tem sido divulgado através do passa-a-palavra da blogosfera e de quem anda ligado ao “Rosa Esperança”.
O repto é para que cada mulher se deixe fotografar, despida de preconceitos e em pose alegre, o que pretende simbolizar a luta contra a doença e passar uma mensagem de esperança.
Os 100 retratos vão ser reunidos em livro, a lançar previsivelmente em Outubro, segundo Cunha de Sá, que há cerca de três anos começou a fotografar mulheres portuguesas que se evidenciaram nas suas carreiras profissionais.
Este projecto deu origem a um livro, lançado em 2010, e a uma exposição itinerante de seis meses que passou por várias estações ferroviárias, com o apoio da REFER.
Rui Germano, do movimento Rosa Esperança, e o fotógrafo Gonçalo Cunha de Sá,
do movimento Mulheres Portuguesas
As duas primeiras sessões fotográficas para o 100 Mulheres 100 Cancro decorreram no velho Cine-Teatro Casimiro, em Rio Maior, casa da “Quem Não Tem Cão”.
“Nós vamos agora correr Portugal de norte a sul do país para que as mulheres venham ao encontro desta campanha, que serve para dar força e esperança a tantas outras mulheres que, nesta altura, vivem a sua luta contra o cancro da mama”, explica Rui Germano, autor e encenador da peça “Rosa Esperança”.
